A obra literária de Bruno Schulz(1892-1942) resume-se em Lojas de canela (1934), Sanatório (1937) e uma novela curta. Contrariando a temática e a poética impostas pelo realismo socialista, sua prosa fica à margem da realidade. Sua narrativa poética, recheada de metáforas, nos leva a mergulhar num mundo mítico e pessoal de onde se desentranham a memória, o tempo, o corpo, a infância, a casa. Bruno Schulz já se expressava pelo desenho antes de ser escritor. E seus desenhos desde cedo tendiam ao masoquismo.
Na Segunda Guerra Mundial, em 1939, o judeu polonês foi forçado a viver no gueto de Drohobycz. Há relatos de que era “protegido” por um oficial da Gestapo que apreciava seu talento para o desenho. Pouco depois de acabar o trabalho de pintura de um mural em sua casa, foi morto a tiros por um oficial alemão, rival do seu admirador, e o seu mural foi escondido.
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